Blog de integração dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - CAPES, do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, com a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Plácido e com a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz - CIEP.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Leituras Iniciais


Como o grupo que está participando do PIBID, na área da Língua Portuguesa está lendo o livro “Una escuela en y para la diversidad”, acredito ser conveniente apontar áreas de identificação com o livro juntamente com minhas observações:

“No corresponde a la escuela determinar cual es la identidad de los alumnos ni elegir para ellos uma identidad. Pero es importante que les de los médios para diversificar sus marcos referenciales, para que puedan vivir com plena legitimidad las diversas modalidades culturales de su médio ambiente.”

Infelizmente isto ocorre com frequência. A Escola prima por um padrão e quem está a margem deve “ser” readequado. Escola e professores estigmatizam os alunos com características arquétipicas que não englobam a complexidade ou o contexto em que o indivíduo está inserido. Estas profecias realizadoras muitas vezes tolhem o aluno de conseguir maiores resultados e de mostrar algo diferente da figura que lhe foi imposta.


“En las escuelas, puede observar-se
*Um amplio espectro de diversidades vinculado com la cultura, la clase social, el gênero y las capacidades, motivaciones, expectativas y representacines dos alumnos;
*la inexistência de uma relación direta y determinista entre la cultura y la clase social, y los resultados escolares que obtienen los alumnos. Las relaciones son más amplias e interativas.
*que es preciso considerar la influencia que la clase sovial, la etnia y el sexo tienen sobre las aptitudes, conocimentos, motivaciones y estratégias de aprendizaje de los alumnos;
*asimismo, es preciso tener em cuenta como esas mismas variables influyen em el proceso de ensenãnza, em las interacciones entre professores e alumnos, finalmente, em las precepciones que professores y alumnos construyen ynos de otros.”

Nos dias de hoje características fundamentais na formação da identidade do aluno, tais como gênero, história pessoal, nicho social são ignoradas pela maioria dos professores. A proposta inclusiva de trabalhar-se as diferenças individuais dos alunos revela-se, portanto, impossível neste contexto.
Ora, como trabalhar inclusão se a mesma escola tem dificuldade em lidar mesmo com os alunos que apregoa “normais”.
Existem atualmente na rede de ensino professores que não reavaliaram seus métodos e conteúdos já abordados a 20 anos ou mais. Neste meio tempo passamos por mudanças consideráveis na sociedade, em que cada aluno deve ser visto individualmente.


“muchas instituiciones, aun se mantienen praticas educativas basadas em modelos que se caracterizan tanto por el ouvido como por la desvalorización de los rasgos culturales específicos de las minorias.”

A escola é também formadora de opinião, logo, ao eleger uma cultura em particular sem preocupar-se com as demais está agindo em favor da diferenciação entre os indivíduos pertencentes às minorias e maiorias.
Deve-se criar práticas de ensino que coloquem lado a lado as diversas culturas da comunidade, tratando-as como iguais, sem eleger a “cultura da maioria”.

1 comentários:

Valesca Brasil Irala disse...

Anderson,

Tuas observações estão muito adequadas aquilo que realmente podemos encontrar por aí...é muito difícil não encontrarmos entre os profissionais do ensino uma tendência à rotulação dos alunos. Outro dia, conversando com uma conhecida, que também é professora, ela me disse que, pelo grande número de alunos que tinha, colocava ao lado dos nomes alguns "rótulos", tipo...fulaninho vesgo, beltraninha baixinha, ciclaninha gordinha, para depois se lembrar na hora de escrever os pareceres descritivos sobre seus alunos. Vou confessar que quando eu cheguei ao máximo de ter uns quase 1.000 alunos no ano de 2004, fazia esses apontamentos pessoais para depois me lembrar quem era quem. Enfim, parece muito mais simples chegar e cristalizar uma imagem, difícil é desconstrui-la...na verdade, é um jogo de imagens o que mais se evidencia, já que os alunos também rotulam os professores. Libertar-se dos rótulos se impõe como um desafio. Mas como fazê-lo...eu sinceramente não sei...

5 de maio de 2010 às 14:26

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