Rádio Escolar
Na última reunião (11/03/13) discutimos sobre o livro Rádio Escolar de Marcos Baltar. A leitura foi indicada, pois uma das ideias do grupo PIBID Letras Português, para este ano, é implantar nas escolas Silveira Martins e CIEP uma rádio escolar, com o intuito de envolver a comunidade escolar, divulgar os trabalhos dos alunos na rádio, integrar os projetos Biblioteca Viva a Cinepinho à rádio, tornando nosso trabalho cada vez mais significativo. O projeto rádio escolar está no início, no entanto, ontem (14/03) os alunos da escola CIEP, assistiram a uma palestra sobre quais os passos para um montar um rádio na escola, que foi ministrada pelo comunicador Flávio Silveira da rádio Delta- FM / Bagé. E na próxima quarta-feira (20/03) , a palestra será ministrada na escola Silveira Martins.(leia mais em: http://pibidunipampabageletras.blogspot.com.br/2013/03/projeto-de-radio-na-escola-estadual.html )
Abaixo segue um resumo do livro Rádio Escolar.
O livro Rádio
Escolar de Marcos Baltar tem como base teórico-metodológica
o
Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), de Jean-Paul Bronckart e colaboradores,
que atualizam em seu escopo contribuições de Vygostski, Bakhtin/Voloshinov,
Foucault, Spinoza, entre outros pensadores das ciências humanas. O ISD
considera a linguagem como “principal característica da atividade social dos
humanos, os quais interagem, nas diversas esferas da sociedade, por meio de
atividades (coletivas) e de ações (individuais) de linguagem, realizadas por
intermédio de textos de diferentes espécies: os gêneros textuais.”
O ISD define
texto semelhante ao círculo baktiniano/voloshinoviano como unidade comunicativa
verbal: oral ou escrita, gerada por uma ação de linguagem. O autor faz uma reflexão
sobre o uso de gêneros jornalísticos em sala de aula, a maneira como alguns
professores trabalham com estes gêneros faz com o que o aprendizado não seja
significativo, é preciso levar em consideração que muitos destes gêneros estão
carregados de ideologia e atividades descontextualizadas podem fazer com que os
alunos sejam influenciados, ao invés de desenvolverem a criticidade.
Baltar
ressalta que “A rádio escolar não pode ser concebida apenas como mais um
recurso didático-pedagógico na escola, mas como um dispositivo que permite
inserir professores e estudantes e toda a comunidade escolar num debate
permanente sobre os textos e os discursos que circulam na esfera da comunicação,
espaço altamente prestigiado pela sociedade letrada contemporânea, o que pode
ajudar a escola a cumprir o propósito de promover uma educação verdadeiramente
emancipadora.”
O livro
apresenta uma breve caracterização sobre os três tipos de rádio existentes: a comunitária,
a educativa e a escolar.
Sobre as rádios escolares o autor diz que estas “caracterizam-se por ser instrumentos de interação sociodiscursivas entre a comunidade escolar. Fruto de projetos de letramentos, elas podem funcionar como recurso de ensinagem de conteúdos: conceituais, procedimentais e atidudinais, que visam o desenvolvimento e à aprendizagem dos estudantes, articulando as atividades didático-pedagógicas da escola.”
Sobre as rádios escolares o autor diz que estas “caracterizam-se por ser instrumentos de interação sociodiscursivas entre a comunidade escolar. Fruto de projetos de letramentos, elas podem funcionar como recurso de ensinagem de conteúdos: conceituais, procedimentais e atidudinais, que visam o desenvolvimento e à aprendizagem dos estudantes, articulando as atividades didático-pedagógicas da escola.”
O livro traz
exemplos de projetos de radio escolares que foram desenvolvidos em algumas
escolas, um deles foi realizado por uma professora de português, e tinha como
objetivo inicial desenvolver as habilidades de comunicação, desinibição e
leitura, dentro do quadro pedagógico-dialógico freireano. Os alunos, juntamente
com a professora planejavam as atividades, as pautas e os programas mudavam de
acordo com o grupo de estudantes envolvidos. Um grupo de alunos quis incluir
mais músicas durante os programas, e isso se deve a visão que a maioria dos
estudantes tem sobre o veículo rádio, que a rádio seria para veiculação de
músicas e peça publicitárias. Houve uma negociação entre a professora e os
alunos, os alunos poderiam colocar mais músicas na rádio, mas para isso eles
teriam que fazer um trabalho de pesquisa de conteúdo, para que os programas adquirissem
uma conotação educativo-cultural. Os grupos trabalharam com pautas, visitaram o
estúdio da UCS, onde gravaram alguns programas, o que serviu de incentivo e deu
mais sentido ao trabalho com RE na escola (experiência de aprendizagem
significativa).
O autor reflete que quando somente um professor se envolve o projeto rádio escolar se torna difícil e trabalhoso, que o ideal seria envolver toda a comunidade escolar, visando também um trabalho interdisciplinar, envolvendo professores de outras áreas, pois normalmente são os professores de língua portuguesa que são os responsáveis pelo desenvolvimento destes projetos.
O autor reflete que quando somente um professor se envolve o projeto rádio escolar se torna difícil e trabalhoso, que o ideal seria envolver toda a comunidade escolar, visando também um trabalho interdisciplinar, envolvendo professores de outras áreas, pois normalmente são os professores de língua portuguesa que são os responsáveis pelo desenvolvimento destes projetos.
O autor
define sequência didática como “um conjunto de atividades didático-pedagógicas,
desenvolvidas ao longo de um período de tempo delimitado, visando a apropriação
de um determinado gênero de texto”, logo após, o autor dá exemplos de
sequências didáticas para trabalhar com entrevista, notícia e exposição oral
como gêneros de texto.
Por fim, traz exemplos de pautas e explica como usar o programa audacity que é um software livre e gratuito de gravação, edição e reprodução de áudio e pode ser usado para fins comerciais ou pessoais.
Por fim, traz exemplos de pautas e explica como usar o programa audacity que é um software livre e gratuito de gravação, edição e reprodução de áudio e pode ser usado para fins comerciais ou pessoais.
1 comentários:
;)
20 de março de 2013 às 16:12Postar um comentário