Blog de integração dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - CAPES, do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, com a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Plácido e com a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz - CIEP.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Rádio Escolar

Na última reunião (11/03/13) discutimos sobre o livro Rádio Escolar de Marcos Baltar. A leitura foi indicada, pois uma das ideias do grupo PIBID Letras Português, para este ano, é implantar nas escolas Silveira Martins e CIEP uma rádio escolar, com o intuito de envolver a comunidade escolar, divulgar os trabalhos dos alunos na rádio, integrar os projetos Biblioteca Viva a Cinepinho à rádio, tornando nosso trabalho cada vez mais significativo. O projeto rádio escolar está no início, no entanto, ontem (14/03) os alunos da escola CIEP, assistiram a uma palestra sobre quais os passos para um montar um rádio na escola, que foi ministrada  pelo comunicador Flávio Silveira da rádio Delta- FM / Bagé. E na próxima quarta-feira (20/03) , a palestra será ministrada na escola Silveira Martins. 





(leia mais emhttp://pibidunipampabageletras.blogspot.com.br/2013/03/projeto-de-radio-na-escola-estadual.html )


Abaixo segue um resumo do livro Rádio Escolar.

O livro Rádio Escolar de Marcos Baltar tem como base teórico-metodológica
o Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), de Jean-Paul Bronckart e colaboradores, que atualizam em seu escopo contribuições de Vygostski, Bakhtin/Voloshinov, Foucault, Spinoza, entre outros pensadores das ciências humanas. O ISD considera a linguagem como “principal característica da atividade social dos humanos, os quais interagem, nas diversas esferas da sociedade, por meio de atividades (coletivas) e de ações (individuais) de linguagem, realizadas por intermédio de textos de diferentes espécies: os gêneros textuais.”
O ISD define texto semelhante ao círculo baktiniano/voloshinoviano como unidade comunicativa verbal: oral ou escrita, gerada por uma ação de linguagem. O autor faz uma reflexão sobre o uso de gêneros jornalísticos em sala de aula, a maneira como alguns professores trabalham com estes gêneros faz com o que o aprendizado não seja significativo, é preciso levar em consideração que muitos destes gêneros estão carregados de ideologia e atividades descontextualizadas podem fazer com que os alunos sejam influenciados, ao invés de desenvolverem a criticidade.
Baltar ressalta que “A rádio escolar não pode ser concebida apenas como mais um recurso didático-pedagógico na escola, mas como um dispositivo que permite inserir professores e estudantes e toda a comunidade escolar num debate permanente sobre os textos e os discursos que circulam na esfera da comunicação, espaço altamente prestigiado pela sociedade letrada contemporânea, o que pode ajudar a escola a cumprir o propósito de promover uma educação verdadeiramente emancipadora.”
O livro apresenta uma breve caracterização sobre os três tipos de rádio existentes: a comunitária, a educativa e a escolar.
Sobre as rádios escolares o autor diz que estas “caracterizam-se por ser instrumentos de interação sociodiscursivas entre a comunidade escolar. Fruto de projetos de letramentos, elas podem funcionar como recurso de ensinagem de conteúdos: conceituais, procedimentais e atidudinais, que visam o desenvolvimento e à aprendizagem dos estudantes, articulando as atividades didático-pedagógicas da escola.”
O livro traz exemplos de projetos de radio escolares que foram desenvolvidos em algumas escolas, um deles foi realizado por uma professora de português, e tinha como objetivo inicial desenvolver as habilidades de comunicação, desinibição e leitura, dentro do quadro pedagógico-dialógico freireano. Os alunos, juntamente com a professora planejavam as atividades, as pautas e os programas mudavam de acordo com o grupo de estudantes envolvidos. Um grupo de alunos quis incluir mais músicas durante os programas, e isso se deve a visão que a maioria dos estudantes tem sobre o veículo rádio, que a rádio seria para veiculação de músicas e peça publicitárias. Houve uma negociação entre a professora e os alunos, os alunos poderiam colocar mais músicas na rádio, mas para isso eles teriam que fazer um trabalho de pesquisa de conteúdo, para que os programas adquirissem uma conotação educativo-cultural. Os grupos trabalharam com pautas, visitaram o estúdio da UCS, onde gravaram alguns programas, o que serviu de incentivo e deu mais sentido ao trabalho com RE na escola (experiência de aprendizagem significativa).
O autor reflete que quando somente um professor se envolve o projeto rádio escolar se torna difícil e trabalhoso, que o ideal seria envolver toda a comunidade escolar, visando também um trabalho interdisciplinar, envolvendo professores de outras áreas, pois normalmente são os professores de língua portuguesa que são os responsáveis pelo desenvolvimento destes projetos.
O autor define sequência didática como “um conjunto de atividades didático-pedagógicas, desenvolvidas ao longo de um período de tempo delimitado, visando a apropriação de um determinado gênero de texto”, logo após, o autor dá exemplos de sequências didáticas para trabalhar com entrevista, notícia e exposição oral como gêneros de texto.
Por fim, traz exemplos de pautas e explica como usar o programa audacity que é um software livre e gratuito de gravação, edição e reprodução de áudio e pode ser usado para fins comerciais ou pessoais.


1 comentários:

Fabiana Giovani disse...

;)

20 de março de 2013 às 16:12

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