Colocando a cuca para funcionar com a ajuda de Joan Ferrés i Prats.
Colocando a cuca para funcionar com a ajuda de Joan Ferrés i Prats.
La educación como industria del deseo - Un nuevo estilo comunicativo.Gedisa Editorial.Barcelona, 2008.
Questões levantadas
Como pode a grande mídia ter mais "zelo pedagogico" que a escola pública?
As motivações do lucro para atingir os jovens são mais legitimas sócio-culturalmente que as motivações ideologicas e político-pedagogicas acarca da educação pública?
Tópicos ao que foi levantado
- "educação pública" assim está para focalizar no público, pois creio que não seja do interesse de uma instituição de todos os cidadãos ter como campo os interesses particulares de instituições econômicas tais como as de ensino abraâmico. Também a conceitualização de "público" no ambiente de Joan Ferrés i Prats condiz com o que vem se trabalhando conceitualmente tanto na latinoamerica quanto na catalunha, seja sobre meios de comunicação públicos - maior exemplo: as televisões educativas e comunitárias - ; seja sobre escola pública.
- "Zelo pedagogico" é amplo, assim aberto para múltiplas interpretações. Se é que a grande mídia pode ter alguma formação ou construção de saberes senão àquilo que lhes interessa gerencialmente abordar.
- Fundação Bradesco ( capital original brasileiro ) e construtivismo? Presença do Santander ( capital original basco ) na cultura bem como das telecomunicações ibéricas na latinomamerica ( empresas portuguesas e espanholas )? Para responder, talvez um estopim de pesquisa sobre o envolvimento educacional de tais corporações e sobre os fatos que expandiram seu somínio sobre o público dentro e fora das relações tributário-sociais, típicas do neoliberalismo do século 21.
Para refletir sobre quantidades
- Quantas vezes escutamos num noticiário da televisão aberta sobre ações pedagogicas e comunitárias em escola públicas?
- Quantos bancos privados estão atuando nas escolas públicas sul-riograndenses?
- Quantas rádios públicas ou comunitárias e quantas televisões públicas ou comunitárias se tem ideia que existam nos espectros sul-riograndenses?
Para refletir sobre objetivos
Aos 14 anos um jovem se encontra no começo do ensino médio, sua família é desestruturada; não tem convívio com um grupo social fixo; não está inserido em nenhuma atividade; não tem interesse em se profissionalizar ou estudar... a escola pública apresenta junto com a sociedade e com a mídia alternativas mais sócio-culturalmente pertinentes: até os 16 anos pode encaminhar através de cursos de baixa qualificação oferecidos pela iniciativa privada ao caminho do subemprego e estágio - o que não lhe trará nenhum benefício profissional pois o foco da baixa profissionalização é a de "flexibilizar a mão-de-obra" contratando jovens - ou de encaminhar o jovem para o ensino superior porém sem oferecer a integração necessária e tampouco recursos para nem ao menos fazer com que o jovem de 14 anos pise na universidade pública.
Os caminhos acima são os caminhos com maior poder na nossa atualidade sócio-cultural sul-riograndense. Porém a escola pública já constituiu-se de jovens que justamente deram sustento a escola pública, e o principal fator é o "comunicativamente ativo", onde o jovem da década de 50 à 90, esteve integrado à escola pública, em diversas atividades, emolduradas ou não nas atividades de seu órgão colegiado como grêmio estudantil ou clube de ciências, que davam àquele jovem o convívio com um grupo social fixo; a inserção em atividades; o interesse em profissionalizar-se ou estudar; e, pela integração suas famílias estavam ligadas também a escola pública através de também de seus órgãos colegiados ou não, como círculo de pais e mestres e clube de mães, que, contribuiam para dar a família do tal jovem uma estrutura. O fator de ser "comunicativamente ativo" estava em constante aproximação com os conhecimentos acumulados socialmente, que englobam as ciências, as técnicas e as artes. Nas disciplinas, dessa forma, o jovem era mais participativo e o bem-estar escolar tornava-se fato mesmo em situações de tensão e divergência, formadores da diversidade, bem como da democracia direta e planificação político-pedagogica da educação pública.
Há diversos paradigmas, e, paradoxos e objetivos sobre tais paradigmas. Nortear o que se fazer nesse meio humano que tem mentalidades e funcionalidades historicamente institucionalizadas, cabe ao agente crítico.
Fontes: GALLO; TRAGTEMBERG; ALARCÃO; PACHECO; FERRÉS I PRATS.
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