Blog de integração dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - CAPES, do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, com a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Plácido e com a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz - CIEP.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ENSINO COMO MERCADORIA...

Como se não bastasse o número crescente de notícias a respeito de atos violentes contra professores, dos mais diferentes níveis de ensino, alguns até extremos, como o assassinato do professor mineiro, ocorrido no dia 7 de dezembro, morto à facadas por um aluno, agora somos "surpreendidos" com mais uma notícia escandalosa envolvendo às instituições de ensino: a compra de trabalhos escolares no Rio Grande do Sul.

Lendo ontem o jornal Zero Hora me deparei com uma reportagem a qual mostrava a que ponto chegamos. Pais de alunos da Educação Básica, "desesperados", pagam entre 40 e 100 reais pelos trabalhos dos filhos, para que os mesmos não sejam reprovados na escola. O pior de tudo isso é que existem pseudo-profissionais que se submetem a essa prática criminosa.

Enfim, o que se espera da Educação???? Como tudo virou mercadoria, comprável em qualquer boteco ou comodamente pelo cartão de crédito, via internet, somos obrigados a ver e ouvir histórias esdrúxulas como essa. O ensino banalizado pelos alunos não é nenhuma novidade (tanto que cada vez mais se escutam relatos de professores abandonando a profissão por não se subordinar a esse estado lamentável das coisas), mas o mais espantoso é ver que os pais perderam completamente o senso do que significa educar uma criatura.

O que um pai desse espera do seu filho?? Que projeção profissional poderá ter alguém que nessa etapa da vida já aprende a enganar, a fazer qualquer coisa para se dar bem??? Outro dia li na Superinteressante a respeito de pesquisas sobre a cognição de pessoas talentosas. Foi descoberto que essas pessoas passaram em torno de 10 mil horas de suas vidas "treinando" aquilo que hoje lhes é atribuído como talento. Ou seja, para vencer é preciso esforço, dedicação, horas de sacrifício e capacidade de aprender com os erros (segundo a revista, a partir dos erros, o cérebro vai armazenando estratégias para experienciar resultados mais positivos). Eu não tenho dúvidas que isso é bastante plausível. O que sugere que, na tentativa de minimizar as frustrações dos filhos, os pais que tomam esse tipo de atitude estão causando um mal terrível a essas criaturas, pois dessa forma só estão contribuindo para que cresça uma geração de inúteis.

0 comentários:

Postar um comentário

Seguidores