Blog de integração dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - CAPES, do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, com a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Plácido e com a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz - CIEP.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O desafio de ensinar...

      Há alguns dias iniciei a leitura do livro “Educación, subjetividad y adolescencia” de Juan Pablo Sabino, que está entre as leituras recomendadas pela nossa coordenadora para o período de férias. Como o título indica, o livro aborda a educação com o enfoque específico ao trabalho com adolescentes. O autor reflete sobre o quanto é desafiador ensinar adolescentes e fala sobre a postura que um professor deve assumir para que seu trabalho com essa faixa etária seja mais rentável e significativo.
Na postagem de hoje, minha reflexão se dará em torno de um pequeno fragmento do livro que destaco a seguir:

 ...es más difícil enseñar do que aprender. Porque enseñar implica dejar aprender. Esto implica dejar pensar aunque sea de otra manera. Dejar crear, aunque no sea lo esperable. Dejar ser, aunque no sea lo que se debía.” (p. 31)
    

 Escolhi esse trecho porque ele expressa de forma simples a reflexão que a leitura dos primeiros capítulos me proporcionou, de que é importante termos em mente que para ensinar é preciso “se livrar” de padrões pré-estabelecidos e se permitir conhecer e dialogar com a subjetividade de nossos alunos, ou seja, não podemos querer impor um modelo de como eles devem ser ou esperar que todos respondam da forma como esperamos.
    
Acredito que seja esse realmente o grande desafio de ensinar: perceber que o aluno pode e deve criar, pensar, refletir e responder de forma diferente do que se espera, cabe ao professor saber ouvir, questionar, dialogar e ajudar o aluno na construção do próprio conhecimento, formando alunos pensantes e cidadãos críticos, indo à encontro das propostas dos documentos oficiais da área da educação.
  
A questão principal é saber compreender e entender o outro, dando-lhe voz, permitindo que ele se expresse e que desta forma a sala de aula seja um lugar onde aconteça realmente a “construção” do conhecimento e não a simples reprodução, que muitas vezes não contribui em nada para a vida dos alunos.

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