"[...] Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!" (Fernando Pessoa)
Durante a leitura do livro “Educación, Subjetividad y Adolescencia”, de Juan Pablo Sabino me deparei com a frase: “Después de haberme descubierto, no significa gran cosa encontrarme: lo difícil, ahora, es perderme…” (NIETZSCHE). Sabino nos leva a refletir sobre o cuidado que os professores devem ter ao apresentarem suas subjetividades, sendo está construída no ser humano através de suas experiências. Por isso, os docentes devem ter consciência de que cada individuo é único, possuem suas histórias e constituintes próprios; por mais que as historias de vida que os jovens possuam sejam semelhantes ao do professor, em nenhum momento será a mesma, porque a experiência é outra, o tempo é outro, tornando-a assim única; e, um dos problemas sociais é querer homogeneizar as pessoas.
Então, pensando na importância de nossas experiências diante da nossa futura ou atual profissão, o que é ser professor? O professor deve ser aquela pessoa que faz com que o aluno saia dos moldes sociais e permita uma reflexão de verdades naturalizadas; é aquele que deve desestabilizar as certezas que o aluno possui tornando-o crítico, observador, reflexivo, que tenha capacidade e sensibilidade de perceber o mundo ao seu redor pelos mais diversos ângulos. E, tudo isso só é possível, se o professor não apresentar seu ponto de vista como a verdade universal, possibilitando ao aluno criar a sua própria verdade, não desmerecendo as demais verdades do mundo que o cerca. Dessa maneira, o professor, antes de tudo, deve viver seu tempo com consciência e sensibilidade (GADOTTI, 2004), pois não é possível imaginar um futuro, para nós seres humanos, sem educadores.
Observação: A Josiane Quintana me auxiliou na reescrita do texto.
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