O texto nas atividades escolares, produção de conhecimento e autoria. Osmar de Souza
Neste artigo, o olhar delimita-se a refletir em que medida as atividades escolares privilegiam a produção de um texto como ferramenta para ampliar conhecimento e em que medida instaura-se um aluno autor, pois o sujeito se descobre a cada momento lendo ou escrevendo. Amplia a sua visão de mundo, consolida uma percepção crítica acerca de tantas crenças, valores, posições políticas.Segundo o autor na escola, não raro, assiste-se a um apagamento da voz do aluno ou a manifestação dela apenas para fins de estudos gramaticais.
Mesmo reconhecendo que os estudos gramaticais têm sua importância como ferramenta para uso adequado do código escrito (Cassany 1999) reduzir a textualidade à exploração gramatical seria limitar também a "economia das trocas linguísticas" (Bourdieu 1998);
Segundo Miguel Arroyo (2000) há 4 argumentos para escrever na escola de forma significativa:
- Visão de postura docente (dialogia em oposição à monologia);
- Saber pedagógico para ser vivido, mais do que transmitido;
- Docência mais humanizante;
- Tensão entre o "legalismo" e a "transgressão";
Afinal faz sentido escrever, se houver espaço para dizer não só o instituído.
Para refletir: Será que o "apagamento" da voz do aluno, assim como das pessoas em "geral" em determinados momentos não é efeito de relações de poder?
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