Blog de integração dos participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - CAPES, do curso de Letras da Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, com a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Plácido e com a Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Maria Ferraz - CIEP.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Produção textual e cultura a interlocução necessária para a construção do saber. Hilário Bohn

Poder-se-ia dizer que cultura é o diferencial que distingue um grupo humano do outro. É importante salientar que os valores culturais levam o meio social a fazer exigências sobre o comportamento humano.
A natureza é universal, inata enquanto a cultura pode ser acidental ou direcionada.
Observa-se que na pesquisa realizada com 47 professores, a maioria se diz angustiada com a recepção e textualização de seus alunos, evidenciando claramente as dificuldades que a escola tem em desenvolver a habilidade de ler e escrever. Tais dificuldades podem ser oriundas de questões como:
Aprisionamento da palavra/ relacionado às abordagens de ensinar, baseadas na interdição em vez da utilização que privilegiem a dialogia a interlocução, a expressão da subjetividade (Maturana e Varela 1997).
Privilégio de determinados tipos textuais.
Produção escolar vinculada à processos de avaliação.
Segundo a pesquisa os dois gêneros mais utilizados em sala de aula são as resenhas e os resumos, tais gêneros são os registros que mais ficam próximos à cópia e ao plágio e ajudam a formar um escritor desvinculado das práticas sociais.
Conforme Hilário Bonh é certamente notório como os professores e a escola conseguem exorcizar-se das responsabilidades educacionais que lhe são atribuídas pela sociedade.
As explicações apresentadas pela maioria dos professores para os problemas de desenvolvimento da habilidade de textualização são todas remetidas para fora de sala de aula : a culpa é dos alunos por não se terem tornado leitores, culpam-se os alunos pela falta de motivação, falta de hábito.
Remete-se a culpa para os professores do passado.
Enfim, a linguagem precisa ser vista como não pronta. As palavras precisam ser despojadas de seus significados e interpretadas dentro do contexto enunciativo. São as representações dos falantes que fazem as palavras significarem. É a interlocução que torna a linguagem significativa, segundo Baktin (1999).
Para refletir: Você acha que, ainda hoje, há problemas para o desenvolvimento da habilidade de textualização nas escolas?
Se a resposta for sim, quais seriam os motivos?

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